FONTE: Tradução livre, feita no texto deste arquivo.
EXPLICAÇÃO DA SANTA
MISSA
O Ordinário da Missa,
(ou, como é chamado no Missal Romano, Ordo Missae)
é o sumário das rubricas e orações, que são usadas na celebração
da Missa, e que são observadas,sem qualquer variação
em todas as Festas celebradas pela Igreja.
Nós nunca
teremos algo como uma ideia plena das cerimônias da Missa,
exceto se nós nos referirmos ao que é chamada de Missa Solene
(Missa Solemnis), e que é o modelo de todas as outras. Então,
alguém poderia perguntar, porque o padre lê a Epístola em um lado
do Altar, e o Evangelho no outro? Porque não ler ambos no meio?
Isto não tem conexão com o Santo Sacrifício em si; isto é
meramente uma imitação do que é feito na Missa Solene, na qual o
diácono tinha que cantar o Evangelho à esquerda, e o subdiácono a
Epístola à direita, como iremos explicar adiante. O padre que
celebra uma Missa sem diácono e subdiácono, deve fazer as suas
funções; e, corretamente, varia a sua posição. Nós iremos
continuamente procurar as cerimônias da Missa Solene para entender
as cerimônias da Missa Rezada.
O Sacrifício da Missa
é o Sacrifício da Cruz; e nele devemos ver Nosso Senhor pregado à
Cruz;e oferecendo Seu Sangue por nossos pecados, ao Pai Eterno. E
ainda não devemos esperar encontrar, em várias partes da Missa,
todas as detalhadas circunstâncias da Paixão, como alguns autores
pretenderam fazer, ao nos dar métodos para assisti-la.
O Padre abandona a
sacristia, e vai para o altar, para lá oferecer o Santo Sacrifício.
Ele está, como dizem as rubricas, paratus, - isto é, está
paramentado com as vestimentas sacras, que são designadas para a
celebração do Sacrifício. Tendo chegado ao Altar, ele faz a
devida reverência perante ele; para expressar em palavras, se o
Santíssimo Sacramento estiver lá, ele faz uma genuflexão; senão,
ele faz meramente uma profunda inclinação. Este é o significado
do que as rubricas dizem: debita reverentia.
JUDICA ME
Tendo feito o sinal da
Cruz, o Padre recita a Antífona: Introibo ad altare Dei, como
uma introdução ao Salmo 42. Esta antífona é sempre dita, antes e
depois do Salmo, que começa com: Judica me Deus. Ele o
recita todo, alternadamente com os Ministros. Este Salmo foi
selecionado por causa do verso Introibo ad altare Dei: Subirei
ao Altar de Deus. É o mais apropriado como começo do Santo
Sacrifício. Nós podemos relembrar,que a Igreja sempre seleciona os
Salmos que ela usa, por causa de algum verso especial que é
apropriado ao que ela faz, ou que ela deseja expressar . O Salmo, do
qual nós estamos agora falando, não estava nos Missais mais
antigos: seu uso foi estabelecido por São Pio V, em 1568. Quando
nós ouvimos o Padre rezando este Salmo, nós entendemos a quem ele
se refere:- ele se refere a Nosso Senhor, e é em Seu Nome, que o
padre recita o Salmo. É o que nos diz o primeiro verso: Ab
homine iniquo et doloso erue me: Livrai-me
do homem doloso e perverso.
O verso aqui usado como
uma Antífona, nos mostra que Davi ainda era jovem quando ele compôs
este Salmo; já que, após dizer que ele está subindo ao Altar de
Deus, ele diz: Ad Deum, qui laetificat juventutem meam: Do
Deus que alegra a minha juventude. Ele expressa estar abismado
com a tristeza da sua alma; e, uma vez, saúda a si mesmo,
despertando sua esperança em Deus; como resultado, sua canção é
cheia de alegria. E é baseada na alegria característica deste
salmo, que a Santa Igreja o omite nas Missas de Réquiem, na qual
estamos rezando pelo repouso de uma alma, cuja despedida dessa vida
nos deixa incerteza e tristeza. É omitido também durante o Tempo
da Paixão, cujo Tempo, a Igreja está completamente mergulhada nos
sofrimentos do seu Divino Esposo; e isso torna impossível a alegria.
Este Salmo 42 é uma
introdução apropriada para a Missa, visto que Nosso Senhor é quem
a trará para entre nós. Quem é Ele que está para ser enviado aos
gentios, senão Aquele que é Luz e Verdade? Davi previu tudo isso;
e consequentemente ele diz: Emitte lucem tuam et veritatem tuam.
Nós tomamos esta oração e tornamos nossa; e dizemos ao Pai
Celestial: Mandai-nos Ele, que é Luz e Verdade!
O Salmo sendo terminado
pelo Gloria Patri, e a Antífona repetida, o Padre pede a assistência
divina, dizendo Adjutorium nostrum in nomine Domini: A
nossa proteção está no Nome do Senhor: Ao que os Ministros
respondem: Qui fecit coelum et terram: Que fez o Céu e a
Terra. No Salmo recém recitado, o Padre expressou seu ardente
desejo de possuir Nosso Senhor, que é Luz e Verdade: mas o
pensamento de que ele – uma criatura pecadora, - está para se
encontrar com seu Senhor, faz ele sentir que ele precisa de ajuda.
Verdade, - Deus queria este encontro; ele mesmo o prescreveu como um
de nossos deveres: e ainda, não obstante, o homem é continuamente
feito para sentir sua indignidade e pequenez. Antes de prosseguir no
Santo Sacrifício, ele está determinado a se humilhar, e confessar
que ele é um pecador. Ele se encoraja a fazer isso, fazendo o Sinal
da Cruz e pedindo a ajuda de Deus. Ele então começa a confissão
dos seus pecados.
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